segunda-feira, 27 de abril de 2009

O CA DE PEDAGOGIA NA LUTA A FAVOR DO MEIO PASSE!!!



O Diretório Central dos Estudantes e o Centro Acadêmico de Pedagogia e os demais Centros Acadêmicos da Unimontes realizou nessa Sexta - Feira (24) homenagem ao Dia Municipal do movimento Estudantil.

Com o lema “O dia que não terminou... a luta continua!”, o ato solene ocorreu no Auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) a partir das 19 horas.

Saiba mais no Site: http://www.dceunimontes.com.br/


PARA VOCÊ O QUE É SER CIDADÃO???





História da Cidadania

Afinal, o que é ser cidadão?
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais, fruto de um longo processo histórico que levou a sociedade ocidental a conquistar parte desses direitos.
Cidadania não é uma definição estanque, mas um conceito histórico, o que significa que seu sentido varia no tempo e no espaço.
É muito diferente ser cidadão na Alemanha, nos Estados Unidos ou no Brasil (para não falar dos países em que a palavra é tabu), não apenas pelas regras que definem quem é ou não titular da cidadania (por direito territorial ou de sangue), mas também pelos direitos e deveres distintos que caracterizam o cidadão em cada um dos Estados-nacionais contemporâneos. Mesmo dentro de cada Estado-nacional o conceito e a prática da cidadania vêm se alterando ao longo dos últimos duzentos ou trezentos anos. Isso ocorre tanto em relação a uma abertura maior ou menor do estatuto de cidadão para sua população (por exemplo, pela maior ou menor incorporação dos imigrantes à cidadania), ao grau de participação política de diferentes grupos (o voto da mulher, do analfabeto), quanto aos direitos sociais, à proteção social oferecida pelos Estados aos que dela necessitam.
A aceleração do tempo histórico nos últimos séculos e a conseqüente rapidez das mudanças faz com que aquilo que num momento podia ser considerado subversão perigosa da ordem, no seguinte seja algo corriqueiro, “natural” (de fato, não é nada natural, é perfeitamente social). Não há democracia ocidental em que a mulher não tenha, hoje, direito ao voto, mas isso já foi considerado absurdo, até muito pouco tempo atrás, mesmo em países tão desenvolvidos da Europa como a Suíça. Esse mesmo direito ao voto já esteve vinculado à propriedade de bens, à titularidade de cargos ou funções, ao fato de se pertencer ou não a determinada etnia etc. Ainda há países em que os candidatos a presidente devem pertencer a determinada religião (Carlos Menem se converteu ao catolicismo para poder governar a Argentina), outros em que nem filho de imigrante tem direito a voto e por aí afora. A idéia de que o poder público deve garantir um mínimo de renda a todos os cidadãos e o acesso a bens coletivos como saúde, educação e previdência deixa ainda muita gente arrepiada, pois se confunde facilmente o simples assistencialismo com dever do Estado.
Não se pode, portanto, imaginar uma seqüência única, determinista e necessária para a evolução da cidadania em todos os países (a grande nação alemã não instituiu o trabalho escravo, a partir de segregação racial do Estado, em pleno século XX, na Europa?). Isso não nos permite, contudo, dizer que inexiste um processo de evolução que marcha da ausência de direitos para sua ampliação, ao longo da história.
A cidadania instaura-se a partir dos processos de lutas que culminaram na Declaração dos Direitos Humanos, dos Estados Unidos da América do Norte, e na Revolução Francesa. Esses dois eventos romperam o princípio de legitimidade que vigia até então, baseado nos deveres dos súditos, e passaram a estruturá-lo a partir dos direitos do cidadão. Desse momento em diante todos os tipos de luta foram travados para que se ampliasse o conceito e a prática de cidadania e o mundo ocidental o estendesse para mulheres, crianças, minorias nacionais, étnicas, sexuais, etárias. Nesse sentido pode-se afirmar que, na sua acepção mais ampla, cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia.
Apesar da importância do tema e do significado da discussão sobre a cidadania não tínhamos, até agora, um livro importante sobre o tema, razão pela qual há cerca de dois anos começamos a organizar uma obra consistente sobre a história da cidadania. Inicialmente pensamos que a carência bibliográfica era apenas um problema brasileiro, mas aos poucos fomos percebendo que era um fenômeno mundial. Não havia, simplesmente, um grande livro sobre a história da cidadania. Quem quer que escrevesse sobre o assunto recorria ao sociólogo inglês T. H. Marshall, autor de um texto básico, mas que não tinha a pretensão de ser uma história da cidadania. De resto, achamos importante mostrar que a sociedade moderna adquiriu um grau de complexidade muito grande a ponto de a divisão clássica dos direitos do cidadão em individuais, políticos e sociais não dar conta sozinha da realidade.
Nossa proposta foi a de organizar um livro de história social, no sentido de não fazer um estudo do passado pelo passado, muito menos do passado para justificar eventuais concepções pré-determinadas sobre o mundo atual. Queríamos, isto sim, estimular a produção de textos cuidadosamente pesquisados, mas que se propusessem a dialogar com o presente. Não é por acaso que os textos dão conta de um processo, um movimento lento, não linear, mas perceptível, que parte da inexistência total de direitos para a existência de direitos cada vez mais amplos.
Sonhar com cidadania plena em uma sociedade pobre, em que o acesso aos bens e serviços é restrito, seria utópico. Contudo, os avanços da cidadania, se têm a ver com a riqueza do país e a própria divisão de riquezas, dependem também da luta e das reivindicações, da ação concreta dos indivíduos. Ao clarificar essas questões, este livro quer participar da discussão sobre políticas públicas e privadas que podem afetar cada um de nós, na qualidade de cidadãos engajados. Afinal, a vida pode ser melhorada com medidas muito simples e baratas, ao alcance até de pequenas prefeituras, como proibição de venda de bebidas alcoólicas a partir de certo horário, controle de ruídos, funcionamento de escolas como centros comunitários no final de semana, opções de lazer em bairros da periferia, estímulo às manifestações culturais das diferentes comunidades, e muitas outras. Sem que isso implique abrir mão de uma sociedade mais justa, igualitária, com menos diferenças sociais, é evidente.
História da Cidadania já surge, portanto, como obra de referência. Ao organizar a discussão sobre um assunto de que tanto se fala e tão pouco se sabe, ao estimular a produção de textos de intelectuais de alto nível, o livro dá conteúdo a um conceito esvaziado pelo uso indevido, e propicia uma reflexão sólida e conseqüente.

JAIME PINSKY



V CONGRESSO DE PESQUISA E ENSINO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM MINAS GERAIS! NÃO PERCAM...


Ao encontro do reconhecimento da necessidade de agregar pesquisadores de diferentes instituições de Minas Gerais e de fomentar a pesquisa sobre a História da Educação do Estado foi realizado, de 28 a 30 de março de 2001, o I Congresso de Pesquisa e Ensino de História da Educação em MInas Gerais. Esse resultou dos esforços e empenho de pesquisadores da UFMG (Prof. Dr. Luciano Mendes de Faria Filho), da UEMG (Profa. Dra. Ana Amélia de Magalhaes Borges Lopes), da PUCMINAS (Profa. Dra. Ana Maria Casasanta Peixoto), da FUMEC (Prof. Dr. Irlen Gonçalves) e da então Faculdade de Ciências Humanas de Pedro Leopoldo (Profa. Dra. Maria do Carmo Xavier). Congresso esse que permitiu a identificação da diversidade de temas que vinham sendo pesquisados e das diferentes leituras sobre as histórias da educação das Minas e dos Gerais.
O congresso está previsto para ocorrer no período de 5 a 7 de maio de 2009 e, ao redor do tema “(Re)Visitando as Minas e Desvelando os Gerais”, se desenvolverão as conferências, as mesas-redondas e os diferentes eixos temáticos relacionados à História da Educação.
ou na página da Unimontes: http://www.unimontes.br/
Obrigado!

domingo, 26 de abril de 2009

OPORTUNIDADE DE ESTÁGIO - ADUNIMONTES


SELEÇÃO para BOLSISTAS da Adunimontes - 2009

A Associação dos Docentes da Unimontes no uso de suas atribuições informa que no período de 23 a 27 de abril de 2009, estarão abertas as inscrições de candidatos a bolsistas da ADUNIMONTES para atuação nos seguintes campos: secretaria, administrativo e atendimento ao público, observando-se assim as regras subsequentes deste.

1- Cronograma do processo seletivo
· Lançamento do edital: 23/04/2009
· Inscrições: Serão realizadas, mediante entrega de currículo no período de 23/04/09 à 27/04/09 (das 08:00hs às 17:00h), na Sede da ADUNIMONTES – Av. Dr. Ruy Braga s/n Bairro Vila Mauricéia - Tel. 32298022.
· Período de seleção: 27, 28, 29 e 30 de abril de 2009
· Divulgação dos resultados: 30 de abril de 2009

2- Pré-requisitos:
· Sejam regularmente matriculados e freqüentes nos Cursos oferecidos pela UNIMONTES;
· Estejam cursando do 5º ao penúltimo período;


3- Habilidades necessárias:

· Conhecimento de informática: Word, Excel e programas básicos;
· Gostem de trabalhar diretamente com o público;
· Habilidades de comunicação oral e escrita
· Senso de organização, iniciativa, capacidade de articulação e de trabalho em equipe;
· Disponibilidade para trabalhar de 2ª a 6ª feira, no período da tarde (12 às 16hs) e noite (16 às 20hs) e flexibilidade para acompanhar eventos da Adunimontes;


4- Número de vagas:

01 vaga no período de 12:00 às 16:00hs
01 vaga no período de 16:00 às 20:00hs


5- No ato da inscrição os candidatos deverão apresentar cópia dos seguintes documentos:
· Formulário de inscrição devidamente preenchido e assinado;
· Carta relatando o seu interesse pelo estágio (01 lauda);
Curriculum Vitae;
· Carteira de Identidade;
· CPF;
Comprovante de matrícula 2009 - emitido pela Seção de Ensino de seu Curso;

6- Benefícios
Bolsa no valor de R$310,00 + vale transporte

7- Seleção
A seleção se dará por meio de prova de redação, teste de informática, entrevista coletiva e individual e análise de Currículo Vitae.
· 1ª etapa: 28/04/09 às 08:30h - Prova de redação (máximo 22 linhas)
· 2ª etapa: 29/04/09 às 10hs - Entrevista coletiva
· 3ªetapa: 30/04/2009 - Entrevista individual que acontecerá em 02 momentos: 1º momento às 09hs e 2º momento às 13hs.

8-Divulgação dos resultados
Dia 30/04/2009 à partir das 18hs.



Montes Claros, 22 de abril de 2009

CA PEDAGOGIA / UNIMONTES

A educação está e, todos os lugares e no ensino de todos os saberes. Assim não existe modelo de educação, a escola não é o único lugar onde ela ocorre e nem muito menos o professor é seu único agente. Existem inúmeras educações e cada uma atende a sociedade em que ocorre, pois é a forma de reprodução dos saberes que compõe uma cultura, portanto, a educação de uma sociedade tem identidade própria. O ponto fraco da educação está nos seus agentes, pois, com consciência ou não, reproduzem ideologias que atendem a grupos isolados da sociedade. Aí vê ? se que a educação reflete a sociedade em que ocorre, em sociedades tribais ela é comunitária e igualitária, já em nossa sociedade capitalista: específica, isolada e desigual. Na Grécia Antiga a educação, denominada de Paidéia, se iniciou como comunitária, mas com o desenvolvimento da sociedade se tornou específica, onde havia uma educação para nobres, outra para plebeus e nenhuma para os escravos, surge à figura do pedagogo, um escravo domestico que além de conduzir as crianças nobres à escola também era responsável pela sua educação. Em todas as educações gregas o indivíduo era educado para a sociedade como um todo. Em Roma a educação surgiu como na Grécia, comunitária, mas se desenvolveu de forma diferente, onde a formação do patriarca agricultor sobressaia sobre o cidadão. Mais tarde surge a escola primária, como a escola de primeiras letras gregas, também surge à escola gramáticos, e muito mais tarde a Lector. Havia em Roma a educação que formavam os trabalhadores na oficina ? de ? trabalho, e o cidadão era educado para também empregar seu saber na sociedade. A escola surge com o desenvolvimento do cristianismo na Antiga Europa para uma educação que salvaria almas, e isso perdurou até o final do século XIX quando Émile Durkheim começou a ligar educação e sociedade, a educação vira fato social, pois para ele há um consenso harmônico que mantêm o ambiente social. Mas pergunta ? se saber este consenso, pois na verdade a educação não aplica sua idéia, a prática é bem diferente, há uma elite capitalista que controla a educação, entretanto, ela ocorre fora das paredes da escola, na comunidade, assim a dominação capitalista encontra resistência política. A única forma de reinventar a educação, como dizia Paulo Freire, é traze ? lá ao cotidiano do aluno, fazendo com que a vivencia e as experiências do indivíduo façam parte efetiva da escola, e a educação será livre e comunitária.
BRANDÃO. Carlos R. O que é educação, 33ª Ed. Brasiliense, São Paulo. 1995.